O F/A-18E/F Super Hornet é uma aeronave de 4.5G multifuncional, capaz de operar embarcada em porta aviões ou baseada em solo. O F/A-18E/F substituiu os F-14 Tomcat, A-6 Intruder, S-3 Viking e os F/A18 A/C, já a aeronave de guerra eletrônica EA-6B Prowler esta sendo substituída pela versão guerra eletrônica EA-18G Growler. EA-18G utiliza 90% dos componentes da versão E e F.
O FA-18 esta sendo produzido em três versões, FA-18 E monoposto, FA-18 F biposto e a versão de guerra eletrônica Biposto EA-18G. As versões do F/A18 E e F possuem um valor básico aproximado de US$55 milhões, já a versão de guerra eletrônica EA-18G tem um valor básico de US$73 milhões.
Em meados dos anos 70 a Northrop competia com o seu YF-17 contra o projeto YF-16 da General Dynamics, com o objetivo de fornecer um caça ligeiro à Força Aérea dos Estados Unidos. Com a vitória do YF-16 (F-16A/B) a Northrop e a McDonnell Douglas desenvolveram uma versão aprimorada do YF-17 adaptada para utilização a bordo de porta-aviões. Essa versão seria conhecida como F-18 e foi desenvolvida e construída pela McDonnel Douglas.
Nascia então o F-18 Hornet que iria substituir os F-4 Phantom Fighter II e o jato de ataque leve A-7 Corsair II.
Embora a configuração geral do YF-17 fosse mantida, o F-18 se tornou um avião completamente novo.
Em 2 de maio de 1975 a marinha norte americana selecionou a McDonnell Douglas Corporation para o desenvolvimento do F-18 strike fighter .
Em 18 de novembro de 1978 o F/A-18 A Hornet faz seu primeiro vôo, decolando do aeroporto internacional de Lambert com o piloto de testes da Mcdonnell Douglas Jack Krings nos controles.
O primeiro F/A-18B faz seu primeiro vôo em Dezembro de 1979. A produção do primeiro Hornet de serie começou em Abril 1980, o primeiro Hornet entrou em serviço em 7 de janeiro de 1983 na Marine Corps esquadrão VMFA-314 no Corpo de Fuzileiros Navais Estação Aérea El Toro.
O F/A-18C fez seu primeiro vôo em 3 de setembro de 1987 e o F/A-18D fez seu primeiro vôo em 6 de maio de 1988.
Os F/A-18 E/ F e G Super Hornet são as ultimas versões do caça F/A-18.
No inicio de 1990 a aviação naval dos EUA enfrentou uma série de problemas. O A-12 Avenger II era para ser uma aeronave de ataque stealth,o programa era destinado a substituir os obsoletos A-6 Intruder e A-7 Corsair II, mas o programa se encontrava em problemas graves e foi cancelado devido aos seus elevados custos. Durante este tempo o fim da Guerra Fria resultou na reestruturação militar e a cortes no orçamento. Com os cortes nos orçamentos a marinha achou mais atraente atualizar um projeto existente a desenvolver um do “zero”. Como alternativa ao A-12 a McDonnell Douglas propôs o "Super Hornet" (inicialmente em 1980 "Hornet II") como uma versão melhorada dos F/A-18 C/D, para servirem como substituto alternativo para a A-6 Intruder. Ao mesmo tempo a Marinha precisava de um caça de defesa de frota para substituir o NATF (Naval Advanced Tactical Fighter) (variante navalizada do F-22 Raptor para substituir o F-14 na Marinha e a partir desta se desenvolveria uma nova versão para substituir o F-111), porem o mesmo foi cancelado pelos seus altos custos.
Em 1992 o Super Hornet foi encomendado e a marinha decidiu que o F-18 E/F iria substituir o F-14 Tomcat, baseando assim todos os jatos de combate naval em variantes do Hornet até a introdução do F-35C Lightning II, substituindo assim também os modelos A-6 Intruder , S-3 Viking e o F/A18 A/C, já a aeronave EA-6B Prowler de guerra eletrônica esta sendo substituída pelo EA-18G Growler.
O Super Hornet voou pela primeira vez em 29 de Novembro de 1995 e os testes de vôo começaram em 1996. Sua produção em baixa escala começou em Março de 1997, com o início da produção massa em setembro de 1997. Os testes com o Super Hornet continuaram até 1999, terminando com os ensaios marítimos, aéreos e demonstrações de reabastecimento. Os testes envolverão 3.100 vôos, abrangendo 4.600 horas de vôo. Os Super Hornet foram submetidos a testes e avaliações operacionais na Marinha em 1999, e foi aprovado em Fevereiro de 2000.
O Super Hornet é cerca de 20% maior, possui um peso vazio de 3 toneladas a mais, seu peso maximo de decolagem supera em 7 toneladas o do Hornet, possui uma área alar 25% maior, transporta 33% mais combustível interno aumentando o alcance em 41%, sua persistência de combate (alcance e quantidade de mísseis) é 50% maior e o mesmo ganhou mais 2 pontos fixos sob as asas
O F/A-18D a partir do Lote 12, recebeu tratamento furtivo a partir de 1988 com um programa similar ao utilizado no F-16 que foi chamado de "Glass Hornet". Junto com sistemas de contramedidas teria uma maior capacidade de sobrevivência que os modelos anteriores.
A aeronave recebeu um canopi com uma cobertura metalizada, painel plástico com RAM na baia do radar, tinta RAM nas bordas da entrada de ar e no interior do duto para diminuir o eco refletido pela face do motor. Também foi instalado um material RAM com ferrites nas bordas das asas e portas do trem de pouso, porem estes corroíam se facilmente devido a água do mar, mas a corrosão não atrapalhava as propriedades de absorção do material, mas que com o tempo podia corroer outras estruturas, desta forma teria que receber manutenção corretiva frequentemente.
O RAM desenvolvido para os modelos F/A-18E/F e G diminuirão os problemas com a corosão e posteriomente foi utilizado nos modelos anteriores do F/A-18. A versão C tinha instalada um total de 113kg de material RAM, porem esta “pesada” carga trouxe problemas como a redução da carga externa que poderia ser levada de volta ao porta aviões no pouso, carga esta que já era considerada baixa. A versão F/A-18E/F tinha como requisito diminuir este problema (bring back weigh).
O RAM usado no F/A-18E/F teria que possuir pouco peso e ser de fácil manutenção, assim a McDonnel Douglas testou um RAM de baixo peso e a prova de corrosão. Os testes de 1993 mostraram que o RCS seria menor que o especificado e o RAM não foi usado para cobrir a borda de ataque das asas e estabilizadores, pois também sofriam danos facilmente no ar e em terra. O resultado foi levar 70 kg de RAM adesivo que era “leve” e necessitava de menos manutenção.
A fuselagem central e traseira é nova e por isso tem portas e aberturas com técnicas de alinhamento. A fuselagem frontal é a mesma da versão C/D e não tem alinhamento sendo tratada com material RAM. As peças da superfície têm alta tolerância para diminuir falhas entre as juntas.
A entrada de ar foi redesenhada e curvada para fora e para baixo e possui um defletor na face frontal do motor feito de material composto com cobertura RAM e um mecanismo de degelo com ar quente que é sangrado do motor. O motor perdeu potência mais foi a metade do previsto. Por outro lado melhorou a margem de stoll de compressor em certas condições.
O canopi é o mesmo das versões anteriores e possui uma cobertura metalizada. A baia do radar é coberta por um material RAM de banda larga. A antena do radar AESA é apontada para cima e possui um radome seletivo, similar ao utilizado no radome do SU-35 BM, estes dois métodos auxiliam em uma significativa redução no RCS da aeronave.
A capacidade de sobrevivência do F/A-18E/F e G combina diminuição do RCS, sistemas de contramedidas eletrônicas, controle de danos e rearranjo interno dos sistemas. Como o F/A-18 E/F leva armas externamente, foi estudado o uso de armas furtivas na forma do JSOW, porem a de se ressaltar que os cabides atuais ainda não são furtivos.
O motor do super Hornet é um modelo derivado do confiável General Electric F-404 usado nas versões anteriores do F/A-18. O novo motor foi batizado de F-414 GE-400, o mesmo consegue um empuxo máximo com pós combustor de 98 kN (22000 lbf), contra os 78.7 kN (17,700 lbf ) de empuxo do motor mais antigo. Com essa nova motorização o F/A-18E se mostrou um pouco mais potente que o F/A18 original, beneficiando o desempenho da aeronave. Essa motorização da uma velocidade de cruzeiro de Mach 1 a aeronave em uma configuração ar-ar.
Os F-18 E/F e G possuem uma vida útil de 6.000 horas se operados a partir de porta aviões, porem se a aeronave for baseada em terra a vida útil da mesma chega a 9.000 horas.
O Super Hornet pode transportar 8 toneladas de carga externa em onze estações (Duas a mais que no Hornet). Há duas estações de asa ponta para mísseis ar-ar; cinco estações para tanques externos ou a armas ar-superficie e/ou ar-ar, duas em cada asa e uma na seção central da aeronave; duas estações de fuselagem similares as utilizadas pelo Typhoon para o trasporte de misseis ar-ar e PODS.
O Super Hornet conta com Um canhão interno M61A2 Vulcan de 20 milímetros montado no nariz da aeronave, este canhão possui uma cadencia de tirro de 6600 tiros por minuto e uma capacidade para 515 munições.
FICHA TÉCNICA
Velocidade de cruzeiro: Mach 1
Velocidade máxima: Mach 1.8
Potencia:1.01
Fator de carga:7.5Gs
Taxa de giro: 22º/s
Taxa de rolamento: 240º/s
Raio de ação/ alcance: 1400 km/ 2800km
Alcance do Radar: 160 km (RCS 5m2)
Empuxo: 2 X F-414 GE-400 com 9800 kgf (22000 lbf) cada
DIMENSÕES
Comprimento: 18,31 m
Envergadura: 13,62 m
Altura: 4,88 m
Peso vazio: 13387 Kg
Peso máximo de decolagem: 29932 Kg
ARMAMENTO
Ar Ar: Míssil AIM 120 Amraam, AIM 9L/M/X Sidewinder, AIM 7 Sparrow
Ar superfície: Míssil AGM65 Maverick, AGM88 Harm, AGM84H Slam ER, AGM154 JSOW, AGM-84 Harpoon
Bombas: GBU31/32 JDAM, GBU-24 Paveway, GBU-12, GBU-16, GBU-59 GBU-72, Mk 80 series, CBU-87 cluster, GBU-78 Gator, CBU-97, Mk 20 Rockeye II, TALD.Interno:
Capacidade de carga/armamento: 8 toneladas distribuídas em 11 pontos duros ( 8 sob as asas e 3 sob a fuselagem).
O Super Hornet pode ser equipado com 5 tanques sublares com 1800 litros cada.
Abaixo um vídeo com a fabricação de um Super Hornet
Pecado que é Yankee, HEHEHE!
ResponderExcluirE que está concluído o projeto, nào tem mais pra onde crescer e modernizar, de agora pra frente sò F-35 e F-22 nas defesas norte americanas, pegar este projeto inteiro pra nós seria algo de muito caro e dificultoso.
Mas seria uma ótima plataforma de dissuasão pra nós, amenos aqui no nosso contexto sul americano.
Todo este material RAM no fim das contas reduziu o custo operacional naval???
Maior redução do RCS......Existem ainda muitos pontos "angulados" nesta aeronave, a vantagem da redução do RCS seria mínima,ou irrelevante.
Quanto ao AESA APG-79, duvido que seria completamente aberto para o uso da FAB. Mas é sempre um ótimo aparelho. Não sei se esta interferência eletrônica é realmente eficaz às contra medidas de outros AESA ou contra o Irbis-E.
Este motor, Turbina G.E. F-414 é a mesma do Gripen, mas aqui falamos somente de POS-COMBUSTORES, enquanto no "outro" tem super- cruzeiro. Certo existem variáveis profundas, mas se esta aeronave tivesse o super-cruzeiro seria o "Bicho"!!
Valeu pela ótima reportagem, artigos assim deveriam ser publicados pelos jornais e revistas ao invés daqueles pseudo-Expert, como a Veja!!
Parabens de novo.
Welington,
ResponderExcluirE tem muita gente que acha que o Super Hornet não tem nada a ver com o Hornet!
Eu sou dos que defendem que um é uma versão do outro, assim como está no post. Acho que é por aí mesmo.
parabéns de novo!
abração
É Francoorp o Super Honrnet é uma maquina muito poderosa.
ResponderExcluirConcordo, o futuro americano se diz ao F-15 SE, F-35 e o todo poderoso F-22, mas até 2018 o mesmo ainda é uma excelente opção para aquisição, pelos seus custos e poderio.
Interferência eletrônica não é muito eficazes contra os radares atuais, mas mesmo assim ajudam no contexto todo da guerra eletrônica.
O SH não possui capacidade de supercruise, porem a do Gripen NG é de apenas Mach1.1 e a velocidade de cruzeiro do SH é mach1, ou seja é razoável e pode ser considerada funcional dentro do cenário atual.
Muito obrigado Francoorp um grande abraço...
Hornet o Super Hornet é uma evolução do Hornet, porem o SH é uma aeronave totalmente atual e capaz, mas não deixa de ser uma evolução.
ResponderExcluirUm grande abraço amigão...
Welington,
ResponderExcluiro que vc disse é exatamente o que eu penso, o SH é um avião novo, MAS, desenvolvido a partir do Hornet.
Vc sabe que lá no Poder Aéreo teve uma discussão sobre isso, e acho que ninguém entendeu a idéia...enfim...
Foi legal vc ter feito este post, esclarece bem.
abração meu amigo
Welinton,
ResponderExcluirsó agora que me toquei: ficou engraçado vc respondendo para mim acima...
"Hornet, o Super Hornet é uma evolução do Hornet"...
Quanto "Hornet" numa frase só, né?...hehehehe
abração
Hornet,
ResponderExcluirComo é esta história de ninguém entendeu?
Acho que vc não leu o que eu escrevi...
Abç,
Ivan.
Ivan,
ResponderExcluiré verdade, vc tem razão. Preciso corrigir: QUASE ninguém entendeu.
Bem lembrado meu amigo.
abração pra vc
Hornet amigão eu vi sim rsrs, foi meio que intencional rsrs...
ResponderExcluirUm grande abraço amigão...
Welington,
ResponderExcluirfoi cogitado há algum tempo o Hornet C para ser operado no A-12, valeria a pena uma modernização dessas aeronaves caso o Super Hornet vença?
abraços.
Felipe você tocou em um ponto importante! Vencendo ou não o F/A-18 C/D é a aeronave “perfeita” para operar no A-12. A catapulta mais potente do NAE São Paulo consegue lançar aeronaves com no máximo 20 toneladas, o peso máximo de decolagem do F/A-18 C/D é de cerca de 23.400kg, ou seja, o mesmo pode ser utilizado no A-12 com uma pequena restrição, reduzindo o seu combustível interno ou suas cargas uteis, porem a de se ressaltar que se o São Paulo receber uma modernização em suas catapultas, o mesmo poderia operar aeronaves de até 24.000kg capacitando o F/A-18 C/D Hornet a operar com toda a sua capacidade de combustível e armamentos.
ResponderExcluirO F/A-18 C/D Hornet pode ser modernizado com os sistemas e sensores do F/A-18 E/F Super Hornet, dando uma capacidade defensiva impar para o A-12. Estas aeronaves poderiam ainda ser utilizadas futuramente no provável A-13.
Já os A-4 Skyhawk poderiam complementar os Hornet e servir de aeronaves de treino.
Um grande abraço Felipe...